Quem planeja comprar um imóvel na cidade de São Paulo encontrará boas oportunidades. Isso porque o preço do metro quadrado caiu em alguns bairros da capital. É o que aponta a nova edição da edição do Índice Especulômetro EXAME-Loft, que contempla 23 bairros.

Quatro bairros tiveram redução no preço do preço do metro quadrado: Aclimação, Alto da Lapa, Chácara Klabin e Jardim Paulistano. No primeiro caso, a redução foi de R$ 9.506 por metro quadrado para R$ 9.380. No segundo, de R$ 9.195 para R$ 8.508. Já na Chácara Klabin, o valor do m² passou de R$ 9.197,32 para R$ 8.943,37, enquanto no Jardim Paulistano saiu de R$ 11.490 para R$ 9.987.

"Chama a atenção que o número de bairros com redução expressiva no valor do metro quadrado tenha aumentado neste mês, consolidando o cenário favorável para quem quer e pode comprar", afirmou Fábio Takahashi, gerente de dados e conteúdo da Loft.

O indicador considera 23 bairros na capital paulista, sendo que 17 apresentaram estabilidade de preço e somente dois registraram alta, Bela Vista e Itaim Bibi.



Valor anunciado x valor transacionado

Além do preço do metro quadrado, o Índice Especulômetro EXAME-Loft analisa a diferença de valores entre o anúncio e o de contrato acertado registrado em cartório. Este dado é fundamental para quem quer comprar um imóvel porque sinaliza o quanto pode se arrastar uma eventual negociação de preço entre vendedor e comprador. Quanto maior a diferença, em tese mais demorada a negociação.

Ao analisar os bairros, os dados indicam que a especulação, ou seja, diferença de preço entre o valor anunciado no mercado e o transacionado em cartório, o maior foi registrado em Moema Índios, seguido pelo Jardim Paulistano, Vila Madalena e Jardim Paulista.

Fábio Takahashi explica que mesmo nos bairros com aumento no valor transacionado, aparentemente é algo circunstancial. “Desde fevereiro não tínhamos bairro com crescimento expressivo. Vamos acompanhar como se comportarão essas áreas nos próximos levantamentos."

Ao analisar a especulação nos 23 bairros, os dados apontam que em 8 bairros houve redução de diferença e 7 apresentaram alta nesta nova edição. Segundo Takahashi, isso pode ser um indicativo que o mercado parece seguir procurando um novo equilíbrio, considerando o cenário econômico.



Fonte: Exame