compra da casa própria é uma operação complexa em diversos aspectos, como o jurídico, o burocrático e o financeiro. Pode ser ainda mais complicada quando envolve um financiamento imobiliário. Isso porque a aprovação e a concessão de crédito imobiliário é baseada na avaliação de risco do cliente. O banco, em geral, faz diversas exigências e analisa o perfil e capacidade de pagamento do comprador para uma dívida alta e de longo prazo, que pode chegar a 30, 35 anos, dependendo da instituição financeira. Por isso, entre as condições observadas pelo banco está a idade do tomador de crédito.

Segundo especialistas, um comprador mais velho arca com prestações mais altas, seja por causa do seguro obrigatório mais elevado, seja pelo prazo mais curto para pagar o financiamento. Uma simulação, feita por uma empresa que atua como correspondente bancário, revelou que a mensalidade pode ser até 24,8% mais cara, dependendo da idade de quem financia.

Além disso, a diferença da renda mínima exigida chega, no exemplo utilizado, a R$ 3.596, de acordo com o perfil do cliente.

O exemplo comparou dois pedidos de financiamento, sendo o primeiro de uma pessoa de 35 anos e o segundo de um idoso de 65 anos. Nos dois casos, os valores do crédito e do imóvel, a taxa de juros e o prazo de pagamento foram os mesmos. Mas o chamado Custo Efetivo Total (CET) — que corresponde a todas as obrigações contidas na prestação mensal, não somente os juros, mas também os encargos, os seguros — acabou sendo mais alto (confira a simulação abaixo):