O mercado imobiliário no nosso país deve crescer em 2021 mais de 12% em relação a 2020. É o que projeta a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), para quem o Valor Geral de Vendas (VGV) encerrará este ano em torno de R$ 99 bilhões no Brasil.

O otimismo na previsão é justificado. No ano passado, o valor vendido ficou em cerca de R$ 88 bilhões, num indicador considerado um dos melhores e que mostra a quantidade de receita que pode ser gerada com os empreendimentos residenciais.

Três fatores foram determinantes a esse avanço; o crédito imobiliário baixo, mesmo diante do aumento na taxa Selic; a manutenção, mesmo durante a pandemia da Covid-19, da atividade de 85% dos canteiros de obras no país e a requalificação do conceito de morar, decorrente do teletrabalho e home office.

“Apesar do recente aumento na taxa Selic, o crédito imobiliário segue baixo, historicamente falando. Além disso, mesmo na pandemia, 85% dos canteiros de obra ficaram em atividade no país. E, por fim, com a Covid-19, houve uma requalificação do morar. Vivemos uma crise sanitária, que exigiu que as pessoas ficassem em casa, fazendo com que o lar e, portanto, o mercado imobiliário, tivesse uma relevância maior”, explica o engenheiro.

Segundo a Ademi, a cidade do Rio de Janeiro deve representar cerca de 5% do VGV de todo o país, enquanto a capital paulista pode chegar a um VGV de R$30 bilhões, cidade na qual, por conta da economia e do PIB, o mercado imobiliário do Brasil sempre esteve mais concentrado.

A última divulgação da Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também aponta para dados positivos. Em 2021, o setor da construção deverá registrar o maior crescimento nos últimos 10 anos, isso porque a expectativa é de um crescimento de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) do setor.

Segundo 54,2% dos empresários, o principal problema do setor, pelo 5º trimestre consecutivo, continua sendo o alto custo dos insumos e da matéria-prima (ou a falta deles), porém nos últimos dois trimestres, a reclamação do setor por falta item registrou uma desaceleração gradativa, passando de 77,5 pontos para 75.

Fonte: T5