Atentos e preocupados com a alta no IGP-M (que regula o reajuste dos aluguéis residenciais), o mercado se movimentou e procurou alternativas. O mercado imobiliário já conta a partir de hoje, dia 11, com um novo indicador: o IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais), lançado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai medir a evolução dos preços de aluguéis no Brasil.

De acordo com a FGV, o IVAR subiu 0,66% em dezembro de 2021, acumulando queda de 0,61% em 12 meses. O setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho. O desemprego elevado sustentou negociações entre inquilinos e proprietários que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis, contribuindo para o recuo da taxa anual do índice.

O novo índice será calculado com base em dados coletados de contratos assinados por inquilinos e locatários, obtidos via empresas administradoras de imóveis, no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG).

De acordo com a FGV, o indicador vai refletir melhor o cenário de oferta e demanda do mercado de locação residencial. Em nota, a Fundação declarou que “o objetivo é medir a evolução dos preços e preencher uma lacuna nas estatísticas nacionais nesse nicho. O índice utiliza valores negociados dos aluguéis em vez de dados de anúncios como base de cálculo. Fazem parte dados como os valores dos contratos novos e dos reajustes de contratos existentes, além das características de cada imóvel”.

A divulgação do indicador será mensal e, no lançamento, trará dados de dezembro de 2021.

O IVAR não vai substituir o IGP-M. Este segue com seu propósito. O uso dos nossos indicadores é escolha dos agentes econômicos. Hoje, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é o indicador mais usado para reajuste de contratos de aluguel, mas não existe uma regra que obrigue as empresas a utilizarem o indicador. Apesar de ser o mais comum, o índice de reajuste é determinado no contrato de locação.

Fonte: Jornal Contábil